em qual lugar você ficou na fila de ingressos da Taylor Swift?
sobre saga para conseguir ingressos e um papinho 40+
diferente de tudo que imaginei, hoje eu tentei comprar ingressos para a The Eras Tour, da Taylor Swift. eu sabia que teria o show no Brasil, mas ontem durante o almoço ficou evidente que uma das minhas missões na Terra é conseguir um par de ingressos para este grande evento.
primeiro porque eu quero muito fazer uma adolescente querida feliz e segundo porque fiquei extremamente interessada nessa tour. tudo isso tem pouco mais de 24h.
fazia anos que eu não tentava comprar ingresso pra um show tão disputado. infelizmente meu crédito não foi suficiente para encarar dois vips e agora vamos para a etapa final da saga: a venda geral.
eu não desisto.
no twitter, muitos que não vão ao show, sequer têm interesse nisso, emitiram comentários jocosos sobre a fila virtual, que bateu 1 milhão de pessoas. pra ter uma ideia, na minha frente, mais de 281 mil esperavam ansiosos pra conseguir uma mísera entrada. e eu fiquei até a raspa do tacho.
fila virtual, na minha opinião e 41 anos de dores na lombar, é uma das maravilhas da tecnologia. nos anos 90 e início da década de 2000, tínhamos que viajar até São Paulo ou Rio de Janeiro para comprar um ingresso na bilheteria. Ou ainda recorrer à bondade de uma pessoa disponível e extremamente generosa, praticamente uma santa na Terra, para enfrentar dias/horas em uma fila real.
bom, foi assim que vi Madonna, Michael Jackson, Rolling Stones, Rock In Rio na minha televisão em Mafra. pra mim, era impossível arranjar dinheiro ou cultivar amizades desse nível. nunca fui tão simpática, muito menos endinheirada.
mas o fato é que não tem nada mais antiquado quanto reclamar de uma fila virtual. imagina, você está no conforto do seu lar esperando os números caírem e chegarem até a sua vez. o máximo que pode acontecer é não dar certo. e você nem precisou pegar uma insolação e ficar desidratada em frente a um estádio cercada por desconhecidos.
(muitos ainda fazem isso por seus ídolos e eu entendo. talvez eu faça isso pela Beyoncé (senhor Jesus queira que não)).
já diria Sandra Moreyra: “um pandemônio!”:
já que estamos falando sobre conflito de gerações — pois o pessoal beirando os 50 que falou mal da fila virtual nada mais estava fazendo do que dizer em outras palavras: “no meu tempo, era muito melhor. a gente comprava ingresso de cambista em notas de dinheiro” (risos) — eu quero mostrar um vídeo pra vocês.
o trabalho do Ora Thiago é um serviço. acho que, se você está na minha faixa etária e reclamando no twitter por coisas como linguagem neutra e fãs da Taylor Swift, deveria urgentemente assistir ao canal dele (ainda mais se você for homem, hétero, branco, cisgênero e de classe média/média alta/alta):
além disso, a maravilhosa Swifter Renata Pessôa me passou essa playlist completíssima que já estou decorando:
beijos e me aguardem no show da Taylor.